É preciso criar uma mentalidade cultural sobre diversidade
Cássia Messias – COO da
ZenKlub – é preciso pensar em
ambientes capazes de manter e desenvolver profissionais de grupos sub
representados. Deve-se estabelecer um ambiente de segurança psicológica para
tratar as diferenças de forma aberta e positiva.
Isso
requer paciência porque lidar com diversidade é um trabalho árduo de gestão da
mudança. É preciso criar uma mentalidade cultural – de cima para baixo
(liderança) e de baixo para cima.
Trabalhadores negros em cargos de gerência ou diretoria
Lidyane Pereira – especialista em Trade Market no
Grupo Boticário – ter apenas uma pessoa "modelo" para cumprir a cota
chega a ser um fardo. “Se eu alcanço um ambiente majoritariamente branco, tenho
de me policiar sempre para ser perfeita e não acabar com toda uma geração que
pode vir depois de mim”.
Proporcionalidade
é a equação numérica, é a contratação de pessoas negras balanceando de verdade
a diversidade racial na equipe. Os trabalhadores negros representam menos de 5%
em cargos de gerência ou diretoria (Vagas.com – 2020). Em determinadas empresas
o indicador até aponta +50% de negros, mas sempre em posições operacionais.
24% da nossa população tem alguma deficiência
Gabriela Melo –
especialista em Diversidade e Inclusão –
apesar de a lei de Cotas para PCDs (pessoas com deficiência) aumentar a
participação desses grupos no mercado de trabalho, isso ainda é pouco
representativo em relação ao total de empregos no Brasil.
De
acordo com o Censo do IBGE, de 2010, 24% da nossa população tem alguma
deficiência, o que evidencia a importância de ter essa população no mercado de
trabalho.
O
problema é que as pessoas com deficiência física ou mental são contratadas, mas
não são promovidas. É preciso haver uma política para que esses grupos tenham
um crescimento profissional dentro da organização.
As contratações estão ficando cada vez mais diversas
Luana Génot –
Fundadora e Diretora Executiva no Instituto Identidade do Brasil – um levantamento
realizado pela Gupy entre agosto e
setembro de 2021 aponta que 67% das vagas publicadas na plataforma foram
preenchidas por mulheres, pessoas não-brancas, LGBTQIA+ ou PCDs.
Percebeu
por que a diversidade virou critério de seleção de emprego? Porque tratar todas
as pessoas com igualdade é como respirar, a empresa que não se compromete não
vai morrer; porém terá bem menos oxigênio para sobreviver no mundo corporativo.